quarta-feira, 30 de março de 2011
Pósconceito, que tal?
Ouso começar o texto dizendo que brancos também sofrem preconceito.
Hoje em dia, o preconceito é tão banalizado e enraizado, que as pessoas acham que apenas racismo é preconceito, também acham que racismo é preconceito contra negros! Acredito de fato na igualdade de raças, cores, sexos,.. Por isso se o branco pode ser chamado de branco o negro pode ser chamado de preto. A sociedade plantou que ser preto é a parte feia, caso contrário, não seria tranquilo chamar um branco de branco, e as pessoas forçariam chamá-los de alvi para não serem criminosas, ainda que cheias dos preconceitos.
Não disse em momento algum que não tenho preconceitos, e apesar de muitos negarem o fato, todos tem! Não gosto de pessoas que misturam muitas cores, pessoas que fazem barraco na rua, pessoas que andam em grupos grandes e gritam para falar com os amigos na outra ponta, não gosto de góticos,... e nunca pensei que as pessoas apesar de não me agradarem podiam ser pessoas agradáveis e legais, muito pelo contrário, pré julguei!
Me livrei de muitos preconceitos que eu tinha, e me sinto tão mais necessária, com tantos outros amigos, tantas novas experiências, sensações,... Que percebi que quanto mais lutamos para não termos preconceitos, mais felizes somos; pelos frutos!
As pessoas acham sempre que o que são é o padrão para todos, e por isso tem aversão ao diferente e instantâneamente são preconceituosas!
Eu sugiro um pósconceito, sugiro que conheçamos antes de conceituarmos, que o façamos com base e que as pessoas tenham chance de serem como gostam e serem aceitas por como gostam de ser gostadas! Essa é uma boa ideia, válida como padrão, ainda que preconceituosa, sempre!
Sem motivo... ou com!
Hoje, ouvindo McFly eu percebi tanta coisa da minha vida que eu jamais havia pensado, refletido ou até imaginado.. Coisas que eu jamais teria cogitado ouvindo Bruno Mars, Maria Gadu, Jason Mraz ou John Mayer, que são as minhas inspirações!
Sabe quando você procura um motivo, direção ou luz para a sua vida, que parece que tudo que você tem feito não tem um princípio.. Eu tenho me sentido assim ultimamente, e ao mesmo tempo, eu penso que nunca me senti tão feliz em toda a minha vida.
Tenho cogitado que a magnificência da vida é não ter 'para quê', todo mundo adora dizer: 'viva la vida', 'carpe diem', 'fuck the system',.. mas essas mesmas pessoas fazem exatamente o contrário a todo momento, quando fazem qualquer coisa que não as agrada ao máximo, e quando dizem tais coisas, que são, incrivelmente, boa parte do sistema!
As pessoas estão perdendo a única coisa que as faz especiais; a autenticidade. Não se é feito algo por vontade instantânea, bobeira, 'estou afim',.. tudo tem que ter um motivo, e quando comecei a digitar, eu, ainda que no papel de experiente, procurava um. Comecei falando sobre uma banda que nao 'me gusta', falei dos cantores em que eu aperto 'curtir (y)', falei de direção, felicidade, glória, sistema e cheguei em autenticidade, e até eu, que deveria dar bons motivos para as pessoas quererem ler o que eu escrevo, percebo que eu não cheguei a lugar nenhum. Não estou menos feliz por escrever um texto sem início nem fim, e acho que encontrei o ponto do mesmo.. Felicidade não é algo que se possa ensinar, a gente aprende sozinho, e nunca se sabe de onde a mesma pode vir, isso que se espera ao ser espontâneo, isso que eu encontrei ao não procurar e achar que não tinha motivo... talvez a minha felicidade seja não ter um motivo, mas não ter um motivo já seria o motivo da minha felicidade!
Apesar de eu já não saber o que eu escrevi, eu acredito ter chegado no meu objetivo, que é exatamente não tê-lo, não ser presa àquelas coisas clichês, ou até às não tão clichês; não ser já é ser!
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